15.5.09

MV Bill encerra a Virada Cultural Paulista No Domingo



Este é o 3º ano consecutivo que o rapper MV Bill participa da Virada Cultural Paulista e o público que comparecer ao palco principal, na Praça Pedro de Toledo, no centro de Araraquara, vai assistir a um grande show. A apresentação encerra a programação da Virada, às 17h00.
Acompanhado nos vocais por sua irmã Kamila CDD e com uma banda num formato pouco convencional, onde une as pick-ups de DJ Tony a um naipe de metais, percussão, bateria e violino, MV Bill vai levar à Virada Cultural novidades como "O Bonde não Para". A nova música - que já tem mais de 20 mil acessos no My Space de Bill - já antecipa um pouco do seu próximo CD de músicas inéditas, previsto para o mês que vem, intitulado "Causa e Efeito".
Além das novidades, músicas já conhecidas do grande público, como "Junto e Misturado" e "Estilo Vagabundo" - que agora já tem uma continuação - não vão ficar de fora.
O cantor de rap MV Bill nasceu na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. O músico participou da coletânea Tiro Inicial, que revelou novos talentos do rap brasileiro tais como Gabriel, o Pensador, em 1993, ainda como integrante de um grupo. Antes de se decidir pelo rap, Bill chegou a cantar um samba-enredo composto por seu pai na quadra de uma escola de samba. Mais tarde adotou a alcunha de MV - Mensageiro da Verdade Bill.
Com letras marcadas pela denúncia social, lançou em 1998 o disco "CDD Mandando Fechado", pelo selo Zâmbia, relançado pela Natasha Records/BMG um ano depois com o título "Traficando Informação". Ainda em 1999 participou do Free Jazz Festival, evento praticamente sem tradição com artistas de rap brasileiro da periferia, sem apoio da grande mídia. No concerto, MV Bill se apresentou com uma arma na cintura, que mais tarde afirmou ser de brinquedo.
Em 2001, ganhou o prêmio de Melhor Videoclipe de Rap por "Soldado do Morro" no Video Music Brasil. No ano seguinte, lançou o álbum Declaração de Guerra. Ele é o autor, junto com Celso Athayde, do famoso livro e documentário "Falcão - Meninos do Tráfico". O documentário é o mais famoso de sua carreira. Ele conta a história de dezessete meninos envolvidos com o tráfico de drogas e suas vidas em diversas favelas; dos dezessete, apenas um sobreviveu.
O sucesso do livro resultou no álbum "Falcão, O Bagulho é Doido", lançado em 2006. Como escritor, é autor também do livro "Cabeça de Porco", lançado em 2005 e co-escrito por Celso Athayde e Luiz Eduardo Soares. MV Bill também foi um dos fundadores da Central Única de Favelas, a CUFA, que é responsável por várias atividades sócio-educativas realizadas em várias favelas, entre elas a Liga Brasileira de Basquete de Rua.
Redação